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Mostrando postagens de 2012

Agora existem como parte...

Pois quero falar das raivas, dos medos, das vontades incontroláveis, forças que paralisam, resignação. Por anos escondi essas palavras num fundo de um cofre interno, chaves perdidas, ficaram lá por muito tempo, até dizer, preciso sair. Por que ter medo de falar que já senti raiva, medo, resignação, tristeza? ou dor? Esses sentimentos inconscientes vao se tornando parte, a medida que me conheço mais. E não fujo mais deles, como antes fazia. Agora olho, respiro, escuto, analizo, resplandeço. Não mais critico. Deixo-os vir. Eles, às vezes, chegam devagarzinho, tomam conta. Outras vezes, chegam como tempestade, varrem o chão. Mas a diferença? É que agora os aceito como parte de mim. De tanto que escondi, eles cresceram. Agora que os aceito, eles são pequenos, frágeis, desmancham diante de tanta coragem. Agora são eles que fogem, porque já não encontram forma de existirem ou ficarem. Não se encaixam mais em nenhum lugar, mas estão sempre livres para chegarem. Ou ficarem. Mas semp

Melhor falar de Esperança...

Não vou mais falar de medos, porque me importo pouco com eles. Eles massacram qualquer esperança de que a vida é melhor do que já é. Fazem-nos acreditar que temos muito. Preenchem-nos com vazios, poucos retratos coloridos. Arco íris de uma cor só. Melhor falar de esperança, asas da liberdade. Elas, embora frágeis, acolhem o céu. Voam alto num infindável azul de sonhos. A esperança preenche. O medo esvazia. Quando falo de esperança, não só vôo, mas levo outros comigo.

Desejos internos de mim...

Tenho me sentido confusa. Uma mistura de vontade, desejos e tensão. Tenho me cobrado muito a sentir algo que não sei sentir. Me forço a quebrar barreiras, vencer traumas e não postergar confrontos. Quero coisas fáceis, odeio o díficil. Me sinto nua, mas com coragem. Como se o mundo fosse vencer todas as forças cruéis da existência terrena. E eu somente assistir. E vão- se os anjos, decorados de cintilante, espalhando esperança onde não mais existe. E ficam- se as memórias, as saudades, as vontades, desejos internos de mim . E por falar em desejos, aqueles que sempre sonhei. Me desfigurar por completo, ser eu mesma quando assim quiser e permitir. Sem medos, sem armas, sem máscaras. De frente para o espelho olhar a verdadeira alma e nunca mais me enganar ou fingir. Posso ser várias. O que me importa? O que te importa? Posso transcender, ser mulher ou menina, ter medo do escuro ou inventar a luz. Não minto, sou forte. Não vim para enganar nem mentir. Não tenha pena, a soli

Quando lia contos de fadas...

“Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de um! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um.” Alice no país das maravilhas (Lewis Carroll) Ás vezes, achamos que uma crítica pode paralisar uma ação. Mas muitas vezes, a crítica pode ser um impulso para a superação. Essa história começou em 1994, quando eu descobri que as palavras não eram palavras e sim, sentimentos. Tinha 14 anos, prestes a sair do ensino fundamental e ir para o ensino médio e nessa época, assim como hoje, adorava escrever. Escrevia sobre tudo. Quando não podia falar, por ter sido uma garota tímida na infância, escrevia. Meus dois hobbies sempre foram a escrita e a música. Tocava e escrevia. Tudo aquilo que poderia ficar no silêncio de mim mesma e do mundo. E só sentir. Assim são as palavras pra mim. Nessa época tinha uma grande amiga, que também adorava escrever. E tínhamos uma professora, carran

La tequila mexicana

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Texto escrito em 18 de abril de 2005, voltando do Mexico city. Ai vão as novidades do Mexico....Y viva los Mariachis, las tequilas...los tacos y los guzanos (quem quiser saber o que é isso, me perguntem...eu nao provei, mas o meu marido sim. Argh!). Chegamos na terça feira, hotel 5 estrelas. Piscina, sala de ginastica. Homens de negócio circulando no hall 24 horas. Mexico, cidade urbana misturando com a imagem dos Mariachis. Pais de terceiro mundo com cara de primeiro. Primeira noite...comida...Tacos. e tequila....sem alcool para mim, ja que estou com gastritis. Segundo dia, city tour. Marido trabalhando. Impressionante a mistura de centro da cidade com resquicios da cultura azteca. Ruinas das construções e da história de uma civilização de mais de 2.000 anos. Palacio do Governo pintando com as obras de arte de Diego Rivera representando seu eterno amor por Frida Kahlo e as armaguras de um socialismo revoltante. Comunismo. Raiva, opressão, luta de classes. Toda uma

Anjos tatuados no jardim.. no meu jardim.

No meu jardim moram anjos, duendes, orquídeas e borboletas. Enfeitam o espaço com a mais linda decoração. Quando chove, escondem-se numa fresta de uma das árvores mais antigas. As orquídeas ficam. Elas adoram os pingos da chuva. Os anjos não molham suas asas. Os duendes escorregam na lama, um pouco molhada. As borboletas esperam passar. Quando o sol aparece, todos saem a respirar o frescor molhado e suave do vento. Sacodem suas asas, limpam suas vestes e continuam a enfeitar. Eles sempre estão lá. Pouco saem para passear. Gostam de proteger e de espiar. Todos os seus nomes estão tatuados no meu jardim. São todos de lá. Não querem sair. Não querem me deixar.

De que cor é feita a "saudades"?

De que cor é feita a "saudades"? Se eu a pudesse enfeitar, a cobriria de purpurina. Disfarçaria todas as suas nuances. Ninguém nunca descobriria. Vestiria com uma fantasia rosa ou lilás. Colocaria pétalas de rosas. Enfeitaria com flores perfumadas. Trajes coloridos. Que sabor ela tem? Seria algo como algodão doce. Tão doce, de tão saboroso. Colocaria muito chocolate. Caldas de framboesa. Ou maracujá. Enfeitaria com granulado. Te confundiria com o doce no paladar.  Que cheiro ela teria? Te enebriaria com o perfume mais suave. Teria o cheiro daquele vinho mais descansado. Você seria capaz de fechar os olhos de tão fantástico sentir o cheiro do luar. Das ondas quebrando no mar. Se ela tivesse cor, seria lilás. Se tivesse sabor, seria doce. Se tivesse cheiro, seria suave. Mas isso é só imaginação, porque a "saudade" não é suave, nem doce, nem lilás. Ela dói. Transforma. Arrebenta. Mas ela um dia acalma. E o coração fica em paz. De que cor é feita a

Define-se Luz!

Sei muito de mim. Às vezes me perco, mas me defino num caminho de infinitas possibilidades e flores incontidas de tanto brilhar num vaso espelhado. Não sei se quando escrevo toco as estrelas ou mergulho no mar. Me perco. Mas me encontro, porque da liberdade venço meus medos e vôo a caminho do ilógico, do improvável, do irreverente. Brilhos. Ando perdida por aí. Às vezes sorrio, às vezes corro. Não sei bem quando é o tempo das coisas. Mas elas acontecem. Sem razões, explicações, deduções. Sem matemática, nem história. Virou um conto. E de novo me perco, porque da perda, vem o confronto. Essas dores profundas salvam uma alma. Ela desperta. Quem caminha desperto, ganha a oportunidade de perder a escuridão. Define-se luz. Me permiti me perder. Me permiti duvidar. Me permiti pedir ajuda. Me permiti me encontrar. E me perdi. De novo .

Branco

Você sabe o que acontece quando você não controla sua vida: A vida fica em branco!

As cifras

Tive medo quando tudo doía. Agora esgota a dor enquanto tudo é fácil. Agora exalto as flores, porque elas ensinam.  Agora choro felicidade nos encantos serenos das luzes da lua no fundo do mar. Enquanto tudo é alegria, a saudade invade e, com ela, a imensidão do mar que chacoalha, achacoalha, mas nunca deixa levar. Leva dores, amores, proporciona encontros, fáceis marolas. Intensas tempestades, mas nunca deixa de badalar. No ritmo das cifras, das ondas da orquestra, da regência mágica do grande maestro dono do mar.

Quando a vida muda!

A vida, às vezes, é assim: vai, roda, exalta, entristece. Por oras, danças, e nesses momentos, vibras. Não sei o sentido de nada e não sei se tenho que saber. Mas tenho aprendido a confiar que tudo está do jeito que deve estar. Quando não sabes a direção, preserva a intençâo, mudando a rota naquele dia em que flores deixarem de nascer no jardim dos sonhos. Mas nunca deixarei as minhas intenções matarem os passos. Não sei direito quando devo me lançar. Por isso, salto. Sem risco, quando volto a me encontrar. De verdade é fácil me perder de mim, porque nem sempre sei onde estou. Ás vezes, estou escondida no armário do sótão para que ninguem me encontre... mas, na maioria das vezes, estou no terraço, vendo os passáros cantarem no jardim. Não gosto do escuro, somente quando ele me resgata. Prefiro a luz, sempre quando me guia ao caminho correto. Porém, como nunca se sabe se o caminho é o correto, insisto. Escuridão somente para dormir, porque os sonhos nascem de lá. A vida semp

Não por ninguém...

Hoje meu coração foi ferido. Não por ninguém. Mas por mim. Pétalas caíram da rosa. Mas como rosa, ela se recompõe. Porque tudo o que existe é flor. Eterno e inspirador como ela. Sua essência exala e inebria, mas acaba. Não mais rosas no meu jardim. Agora cultivo flores. Não mais flores no meu jardim, agora cultivo árvores. Elas são mais fortes. Não quero ser forte, quero ser vida. Quero poder doar tudo aquilo que posso, mas ser cultivada, como aquela flor do pequeno príncipe.

Um pedido especial...

Cansei de procurar palavras para expressar a profundidade do que sinto. Conclui que por mais que as procure, nunca as encontro. Estão sempre aquém da minha essência. Poucos me compreendem. Nunca consigo me explicar. Me rotulam de complexa. De dífícil. De assustadora. Mas sou coração. Como posso ser assustadora, se corações são sempre sensíveis? Um dia me entenderei. Aí poderão me entender. Não sou difícil. Apenas me faço. Como máscara. Não me mostro. Tenho medo. Já tentei caminhar outros caminhos diferentes. Mas não posso ser aquilo que não sei ser. Fui assim. Sou assim. Posso ser diferente? Sim. Preciso confiar para me mostrar. Sou simples, embora na essência, seja complexa. Como rosas, sou intensa. Preciso de flores o tempo todo. Preciso de perfume, abraços e sol. Mas tambem preciso da chuva, para me reabastecer quando murcho. Não sei ser diferente. Me aceite se é possível. Se não é, afaste-se. Tenho espinhos. Mas os espinhos só existem para proteção. Como as r

Flores

Não corro mais do escuro. Hoje sei andar com ele. Não apresso mais o rio. Sou nau. Flutuo nele. Não choro mais sozinha. Mas a solidão já não me assusta. Tenho palavras. Flores. Rosas. Cores. Clave de sol é melodia. Não fujo mais da sombra. Hoje ela me acompanha. Fecho os olhos e me liberto.

Se pudesse...

Se pudesse acelerar o tempo... quantos já tentaram? Se pudesse tocar a lua e aliviar essa vontade insana de me sentir plena nessa imensidão. Pudesse eu alcançar o céu e desenhar nas nuvens a imagem da esperança. Pudesse desenhar na aquarela, traços pouco uniformes e profundos. Bastava isso. Mas eu não posso. O que posso? Me contentar que a vida, essa que vive em mim, se basta nela. Que não posso acelerar o tempo, mas posso dar a ele, trégua. Que não posso tocar a lua, mas posso ser a Lua de alguém, ou de mim mesma. E que se não for a Lua, posso ser Sol, Marte, Vênus... posso ser tudo o que eu quiser. Porque sou hoje o melhor que posso. Mas amanhã posso ser melhor.

Não me calo mais...

Palavras se congelaram. Como eu. Não sei quanto tempo se passou desde que pude escrever as últimas palavras, mas muita coisa ficou dentro de mim durante esse tempo. Algumas perguntas sem respostas e outras perguntas, respondidas. Também não sei quantas pessoas passaram e se foram. Assim como num piscar. Muita coisa aconteceu. Profundas ou não, elas se foram. Outras ficaram. Mas agora, as palavras voltaram a surgir. Porque se me calo, elas gritam dentro de mim. Não posso mais calar, porque existe algo a se dizer. Já se passaram quase 4 anos desde o evento que mudou minha vida. E desde lá, não sou mais a mesma. Dei alguns passos em direção à realidade bem diferente daquela. A saudade vive dentro, mas agora, é diferente. Coexistimos juntas, como uma só para criar uma nova forma de ser. Dentro, sempre haverá estará ela. Mas essa Ela, já não tira lugar de outras saudades que existirão. Porque agora ela simplesmente faz parte. E desse fazer parte, recria uma nova oportu

Raios da confiança em mim...

A auto confiança é um raio de luz que ilumina todos os teus atos, e deve permanecer acesa em todos, mas todos os momentos da sua vida. Puxa, há algum tempo tenho pensado sobre a auto-confiança e tenho tentado entender porque muitas vezes somos educados a amar aos outros e não a nós mesmas. Por que o outro está sempre em primeiro lugar na nossa vida e não as nossas vontades mais sublimes, nossos desejos mais doces, nossas fantasias mais loucas? Por que delegamos ao outro a felicidade da nossa vida ? Por que o outro, esse ser que, independente do sentimento que ele tenha por nós, será sempre priorizado nas nossas ações? E nos esquecemos de nós. Tenho retomado o contato comigo. Tenho aprendido que a minha felicidade em todos os aspectos da minha vida só depende de mim. Sem expectativas, posso estar mais inteira nos relacionamentos do grande ciclo da vida. Não basta dizer...acredite em si próprio, se ao navegar pelo interior de mim mesma não acredite. Não basta dizer, con