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Mostrando postagens de outubro, 2012

Quando lia contos de fadas...

“Quando lia contos de fadas, eu imaginava que aquelas coisas nunca aconteciam, e agora cá estou no meio de um! Deveria haver um livro escrito sobre mim, ah isso deveria! E quando for grande, vou escrever um.” Alice no país das maravilhas (Lewis Carroll) Ás vezes, achamos que uma crítica pode paralisar uma ação. Mas muitas vezes, a crítica pode ser um impulso para a superação. Essa história começou em 1994, quando eu descobri que as palavras não eram palavras e sim, sentimentos. Tinha 14 anos, prestes a sair do ensino fundamental e ir para o ensino médio e nessa época, assim como hoje, adorava escrever. Escrevia sobre tudo. Quando não podia falar, por ter sido uma garota tímida na infância, escrevia. Meus dois hobbies sempre foram a escrita e a música. Tocava e escrevia. Tudo aquilo que poderia ficar no silêncio de mim mesma e do mundo. E só sentir. Assim são as palavras pra mim. Nessa época tinha uma grande amiga, que também adorava escrever. E tínhamos uma professora, carran

La tequila mexicana

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Texto escrito em 18 de abril de 2005, voltando do Mexico city. Ai vão as novidades do Mexico....Y viva los Mariachis, las tequilas...los tacos y los guzanos (quem quiser saber o que é isso, me perguntem...eu nao provei, mas o meu marido sim. Argh!). Chegamos na terça feira, hotel 5 estrelas. Piscina, sala de ginastica. Homens de negócio circulando no hall 24 horas. Mexico, cidade urbana misturando com a imagem dos Mariachis. Pais de terceiro mundo com cara de primeiro. Primeira noite...comida...Tacos. e tequila....sem alcool para mim, ja que estou com gastritis. Segundo dia, city tour. Marido trabalhando. Impressionante a mistura de centro da cidade com resquicios da cultura azteca. Ruinas das construções e da história de uma civilização de mais de 2.000 anos. Palacio do Governo pintando com as obras de arte de Diego Rivera representando seu eterno amor por Frida Kahlo e as armaguras de um socialismo revoltante. Comunismo. Raiva, opressão, luta de classes. Toda uma

Anjos tatuados no jardim.. no meu jardim.

No meu jardim moram anjos, duendes, orquídeas e borboletas. Enfeitam o espaço com a mais linda decoração. Quando chove, escondem-se numa fresta de uma das árvores mais antigas. As orquídeas ficam. Elas adoram os pingos da chuva. Os anjos não molham suas asas. Os duendes escorregam na lama, um pouco molhada. As borboletas esperam passar. Quando o sol aparece, todos saem a respirar o frescor molhado e suave do vento. Sacodem suas asas, limpam suas vestes e continuam a enfeitar. Eles sempre estão lá. Pouco saem para passear. Gostam de proteger e de espiar. Todos os seus nomes estão tatuados no meu jardim. São todos de lá. Não querem sair. Não querem me deixar.

De que cor é feita a "saudades"?

De que cor é feita a "saudades"? Se eu a pudesse enfeitar, a cobriria de purpurina. Disfarçaria todas as suas nuances. Ninguém nunca descobriria. Vestiria com uma fantasia rosa ou lilás. Colocaria pétalas de rosas. Enfeitaria com flores perfumadas. Trajes coloridos. Que sabor ela tem? Seria algo como algodão doce. Tão doce, de tão saboroso. Colocaria muito chocolate. Caldas de framboesa. Ou maracujá. Enfeitaria com granulado. Te confundiria com o doce no paladar.  Que cheiro ela teria? Te enebriaria com o perfume mais suave. Teria o cheiro daquele vinho mais descansado. Você seria capaz de fechar os olhos de tão fantástico sentir o cheiro do luar. Das ondas quebrando no mar. Se ela tivesse cor, seria lilás. Se tivesse sabor, seria doce. Se tivesse cheiro, seria suave. Mas isso é só imaginação, porque a "saudade" não é suave, nem doce, nem lilás. Ela dói. Transforma. Arrebenta. Mas ela um dia acalma. E o coração fica em paz. De que cor é feita a