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Mostrando postagens de maio, 2012

Flores

Não corro mais do escuro. Hoje sei andar com ele. Não apresso mais o rio. Sou nau. Flutuo nele. Não choro mais sozinha. Mas a solidão já não me assusta. Tenho palavras. Flores. Rosas. Cores. Clave de sol é melodia. Não fujo mais da sombra. Hoje ela me acompanha. Fecho os olhos e me liberto.

Se pudesse...

Se pudesse acelerar o tempo... quantos já tentaram? Se pudesse tocar a lua e aliviar essa vontade insana de me sentir plena nessa imensidão. Pudesse eu alcançar o céu e desenhar nas nuvens a imagem da esperança. Pudesse desenhar na aquarela, traços pouco uniformes e profundos. Bastava isso. Mas eu não posso. O que posso? Me contentar que a vida, essa que vive em mim, se basta nela. Que não posso acelerar o tempo, mas posso dar a ele, trégua. Que não posso tocar a lua, mas posso ser a Lua de alguém, ou de mim mesma. E que se não for a Lua, posso ser Sol, Marte, Vênus... posso ser tudo o que eu quiser. Porque sou hoje o melhor que posso. Mas amanhã posso ser melhor.

Não me calo mais...

Palavras se congelaram. Como eu. Não sei quanto tempo se passou desde que pude escrever as últimas palavras, mas muita coisa ficou dentro de mim durante esse tempo. Algumas perguntas sem respostas e outras perguntas, respondidas. Também não sei quantas pessoas passaram e se foram. Assim como num piscar. Muita coisa aconteceu. Profundas ou não, elas se foram. Outras ficaram. Mas agora, as palavras voltaram a surgir. Porque se me calo, elas gritam dentro de mim. Não posso mais calar, porque existe algo a se dizer. Já se passaram quase 4 anos desde o evento que mudou minha vida. E desde lá, não sou mais a mesma. Dei alguns passos em direção à realidade bem diferente daquela. A saudade vive dentro, mas agora, é diferente. Coexistimos juntas, como uma só para criar uma nova forma de ser. Dentro, sempre haverá estará ela. Mas essa Ela, já não tira lugar de outras saudades que existirão. Porque agora ela simplesmente faz parte. E desse fazer parte, recria uma nova oportu